Da mesma maneira, os egípcios mais antigos cultivavam as artes musicais e entendiam bem o efeito da harmonia musical e da sua influência sobre o espírito humano. Podemos encontrar nas esculturas e nas gravuras mais antigas cenas em que músicos tocam vários instrumentos. A música era usada no departamento de cura dos templos para curar distúrbios nervosos. Descobrimos em muitos monumentos homens tocando em conjunto num concerto; o regente marca o tempo com batidas de mãos. Assim, podemos provar que eles compreendiam as leis da harmonia. Possuíam a sua música sagrada, doméstica e militar. A lira, a harpa e a flauta eram usadas em consertos sagrados; para ocasiões festivas tinham a guitarra, a flauta simples ou dupla e as castanholas; para as tropas, e durante o serviço militar, tinham trombetas, tambores e címbalos.
Quanto ao seu conhecimento de Medicina, agora que um dos Livros de Hermes foi encontrado e traduzido por Ebers, os egípcios podem falar por si mesmos. As manipulações curativas dos sacerdotes - que sabiam como empurrar o sangue para baixo, interromper a circulação por alguns momentos etc. - parecem provar que eles conheciam a circulação do sangue.
Mas os egípcios não foram o único povo de épocas remotas cujas consecuções os colocam em posição tão dominante aos olhos da posteridade. Ao lado de outros cuja história está atualmente ocultada pelas névoas da Antiguidade - Tais como as raças pré-históricas das duas Américas, de Creta, de Troad, dos Lacustres, do continente submerso da lendária Atlântida, agora alinhada entre os mitos -, os feitos dos fenícios quase os marcaram com o caráter de semideuses.