O Novo Testamento contém citações do Livro dos Mortos

Enviado por Estante Virtual em sex, 23/11/2012 - 18:52

O próprio Novo Testamento formiga de citações e repetições do Livro dos mortos, e Jesus, se tudo o que seus quatro biógrafos lhe atribuem for verdadeiro - deve ter tido conhecimento dos Hinos Funerários egípcios. No Evangelho Segundo São Mateus descobrimos sentenças inteiras extraídas do Ritual antigo e sagrado que precedem a nossa era por mais de 4.000 anos.

Na parábola do Reino dos Céus (Mateus, XXV, 34-6), o Filho do Homem (Osíris é também chamado de Filho) senta-se no trono de sua glória, julgando as nações e diz aos justos: "Vinde, benditos de meu Pai, [o Deus], herdeiros do reino (...) Pois tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de beber (...) estive nu e me vestistes". E para completar à semelhança (Mateus, III, 12): João descreve Cristo como Osíris, "cuja pá (vannus) está em sua mão", e que "vai limpar sua eira e recolher seu trigo no celeiro".

Ocorre o mesmo em relação às lendas budistas. Em Mateus, IV, 19, diz Jesus: "Segui-me e eu vos farei pescadores de homens", referindo-se a passagem a um diálogo entre ele e Simão Pedro e André, seu irmão.

Em Der Weise und der Thor, de Schmidt, uma obra cheia de anedotas sobre Buddha e seus discípulos, extraídas todas dos textos originais, fala-se de um novo convertido à fé, que "havia sido apanhado pelo anzol da doutrina, como um peixe, que se pesca com a linha e a rede". Nos templos do Sião, a imagem do esperado Buddha, o Messias Maitreya, é representada com a rede de um pescador nas mãos, ao passo que no Tibete ele segura uma espécie de armadilha. A explicação para isso é a seguinte: "Ele [Buddha] esparge sobre o Oceano do nascimento e da morte a flor de Lótus da excelente lei como uma isca; com o laço da devoção, nunca arremessado em vão, ele pesca os seres vivos como peixes, e os leva ao outro lado do rio, onde está o verdadeiro saber".

 

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