A filosofia do budismo ignora imagens e fetiches

Enviado por Estante Virtual em sex, 23/11/2012 - 18:50

A filosofia do Budismo ignora imagens e fetiches. Sua enorme vitalidade repousa em suas concepções psicológicas do eu interior do homem. O Caminho para o estado supremo da felicidade, chamado de Passagem parta o Nirvana, abre suas trilhas através da vida espiritual, e não física, de uma pessoa, enquanto ela está nesta terra. A literatura budista sagrada aponta o caminho, estimulando o homem a seguir praticamente o exemplo de Gautama. Por conseguinte, os escritos budistas abrem uma corrente particular nos privilégios espirituais do homem, aconselhando-o a cultivar seus poderes para a produção de meipo (fenômeno) durante a vida, e para a obtenção do Nirvana no futuro.

Mas, voltando das narrativas históricas para as míticas, inventada igualmente sobre Krishna, Buddha e Cristo, encontramos o seguinte:

Apresentando um modelo para o avatâra cristão e para o arcanjo Gabriel, o luminoso Santushita (Bodhisattva) apareceu a Mahâ-mâyâ "como uma nuvens ao luar, oriundo do norte, e tendo em suas mãos um lótus branco". Ele lhe anunciou o nascimento de seu filho, volteando o leito da rainha por três vezes," (...) passou do deva-loka e foi concebido no mundo dos homens". A semelhança ficará ainda mais perfeita se examinarmos as ilustrações dos saltérios medievais, e os afrescos do século XVI (na Igreja de Jouy, por exemplo, na qual a Virgem é representada de joelhos, com as mãos erguidas para o Espírito Santo, e a criança por nascer miraculosamente através de seu corpo), pois descobriremos o mesmo tema tratado de modo idêntico nas esculturas de certos conventos no Tibete. Nos Anis Páli-Budistas, e em outros registros religiosos, afirma-se que Mâyâdevî e todas as suas servas eram constantemente gratificadas com a visão do Bodhisattva desenvolvendo-se quietamente no útero da mãe, e já esparguindo, de seu local de geração, sobre a Humanidade, "o resplandente luar de sua futura benevolência".

Ânanda, o primo e futuro discípulo de Sâkyamuni, é representado como se tivesse nascido ao mesmo tempo. Esse parece ter sido o original das antigas lendas sobre João Batista. Por exemplo, a narrativa páli relata que Maha-mâyâ, estando grávida do sábio, fez uma visita à mãe deste, como Maria o fez à mãe de Batista. Assim que ela entrou no aposento, o futuro Ânanda saudou o futuro Buddha-Siddhârtha, que respondeu à saudação; e de igual maneira o futuro João Batista pulou no útero de Isabel, assim que Maria entrou. E mais: Didron descreve uma cena de saudação, pintada nos postigos em Lyons, entre Isabel e Maria, na qual as duas crianças por nascer, ambas desenhadas fora das mães, se saúdam mutuamente.

Se retornarmos a Krishna e compararmos atentamente as profecias a ele relacionadas, recolhidas nas tradições ramatsariarianas do Atharva, dos Vedângas e dos Vedântas, com passagens da Bíblia e dos Evangelhos apócrifos, alguns dos quais pressagiam talvez a vinda de Cristo, descobriremos fatos muito curiosos. Eis alguns exemplos:

 

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