Entidades Astrais: Humanas

Enviado por Estante Virtual em qua, 14/12/2011 - 16:17

Enumerar e descrever cada tipo de entidade astral seria tarefa tão formidável como a de enumerar e descrever cada tipo de entidade física. Tudo quanto podemos tentar aqui é tabular as classes principais e dar uma breve descrição de cada uma delas.

HumanasNão-humanasArtificiais
Fisicamente vivasFisicamente mortas  
1. Pessoa comum1. Pessoa comum1. Essência elemental1. Elementais formados inconscientemente
2. Psíquicos2. Sombras2. Corpo astral de animais2. Elementais formados conscientemente
3. Adeptos ou seu discípulo3. Cascão3. Espíritos da natureza3. Artificiais humanos
4. Mago negro ou seu discípulo4. Cascão4. Devas 
 5. Suicidas e vítimas de morte súbita 
 6. Vampiros e lobisomens 
 7. Magos negros e seus discípulos 
 
8.Discípulo aguardando reencarnação
 
 9. Nirmanakaya 

 

A fim de se fazer a classificação bastante completa, é necessário dizer que, além das entidades anotadas acima, Adeptos muito elevados vindos de outros planetas do sistema solar e visitantes ainda mais augustos vindos de distância ainda maior aparecem ocasionalmente, mas embora seja possível, tornar-se quase inconcebível que tais Seres cheguem a se manifestar num plano tão baixo como o astral. Se quisessem fazê-lo, criariam um corpo temporário de matéria astral deste planeta.

Em segundo lugar, há também duas grandes evoluções desenvolvendo-se nesse planeta, embora pareça que não há a intenção de que elas, ou o homem, possam habitualmente estar conscientes uns dos outros. Se chegamos a ter contato com elas, provavelmente esse contato seria físico, sendo sua conexão com o nosso plano astral muito tênue. A única possibilidade de aparecerem depende de um incidente extremamente improvável em cerimônia mágica, que apenas poucos dos mais avançados magos sabem como realizar; não obstante, isso aconteceu pelo menos uma vez.

A CLASSE HUMANA: (a) Fisicamente vivos

1. A pessoa comum. – Essa classe consiste em pessoas cujos corpos físicos estão adormecidos e que flutuam pelo plano astral, em vários graus de consciência, conforme já foi descrito no capítulo IX, A Vida no sono.

2. O psíquico. – A pessoa psiquicamente desenvolvida estará, de hábito, perfeitamente consciente quando fora do corpo físico, mas por falta de um treinamento apropriado será talvez vítima de enganos quanto ao que vê. Com freqüência poderá percorrer todos os subplanos astrais, mas às vezes é especialmente atraída por um deles e raramente passa para além da influência desse plano. Suas recordações do que viu podem naturalmente variar entre perfeita nitidez, máxima distorção de um Mestre, aparecerá sempre em seu corpo astral, já que não sabe como funcionar em seu veículo mental.

3. O Adepto e Seus discípulos. – Esta classe não emprega habitualmente o corpo astral, e sim o corpo mental, que é composto da matéria dos quatro níveis inferiores do plano mental. A vantagem deste veiculo é permitir ainda o uso, em todas as ocasiões, do poder maior e maior agudeza dos sentidos de seu próprio plano.

Não sendo o corpo mental perceptível à visão astral, o discípulo que nele trabalha aprende a reunir em torno de si um véu temporário de matéria astral, quando deseja tornar-se visível para entidades astrais. Tal veículo, embora seja na aparência uma exata reprodução do homem, não contém nada da matéria de seu próprio corpo astral, mas corresponde a ele da mesma forma pela qual a materialização corresponde a um corpo físico.

Num estágio mais precoce de desenvolvimento, o discípulo pode ser encontrado funcionando em seu corpo astral como qualquer outro; mas, seja qual for o veículo que esteja empregando, um discípulo, sob a orientação de um Mestre competente, está sempre inteiramente consciente e pode funcionar facilmente em todos os subplanos.

4. O mago negro e seus discípulos. – Esta classe corresponde, mais ou menos, à do Adepto e Seus discípulos, a não ser que o desenvolvimento tenha sido para o mal e não para o bem, ou os poderes adquiridos sejam usados para propósitos egoísticos e não para fins altruísticos. Entre esta categoria inferior estão os que praticam os ritos das escolas de Obi e Vudu e dos curandeiros das várias tribos. De intelecto superior, e por isso mesmo mais censuráveis, são os magos negros tibetanos.

A CLASSE HUMANA: (b) Fisicamente mortos

1. A pessoa comum depois da morte. – Esta classe, obviamente muito grande, consiste em todos os níveis de pessoas, em diversas condições de consciência, como já foi integralmente descrito nos capítulos XIII a XV, A Vida Depois da Morte.

2. A Sombra. – No capítulo XXIII veremos que, quando a vida astral da pessoa termina, ela morre no plano astral e deixa seu corpo astral em desintegração, precisamente como, quando morre fisicamente, deixa seu cadáver físico que se deteriora.

Na maioria dos casos, o ego superior não pode retirar desses princípios inferiores o todo de seu principio manásico (mental); consequentemente, uma porção da matéria mental que assim permanece consiste nos tipos mais grosseiros de cada subplano, que o corpo astral conseguiu arrancar do corpo mental.

Esse cadáver astral, conhecido como Sombra, é uma entidade que de forma alguma é o individuo real. Não obstante, guarda sua aparência exata, possui a sua memória, e todas as suas pequenas idiossincrasias. Pode, portanto, ser tomado por ele, como de fato acontece, com freqüência, nas sessões espíritas. A Sombra não é consciente de qualquer ato de impersonalizacão, porque, enquanto se refere ao intelecto, deve necessariamente supor que é o individuo. Na realidade, é apenas um feixe sem alma de suas qualidades inferiores.

A duração da vida de uma sombra varia de acordo com a quantidade de matéria mental inferior que a anima, mas tal matéria vai-se esgotando, seu intelecto diminui em quantidade, embora possa possuir uma grande dose de certa espécie de astúcia animal. E mesmo quase até o fim de sua carreira é capaz de comunicar, retirando do médium uma inteligência temporária. Por sua própria natureza, está vastamente exposta a oscilar entre toda a espécie de más influências e, estando separada de seu ego superior, nada tem em sua constituição para responder às boas influências. Portanto, deixar-se usar para vários fins de tipo inferior da espécie mais baixa de magos negros. A matéria mental que ela possui desintegra-se gradualmente e retorna para a matéria geral de seu próprio plano.

3. O Cascão – Um cascão é o cadáver astral nos últimos estágios de sua desintegração, cada partícula mental já não existindo ali. Em conseqüência, sem qualquer tipo de consciência ou inteligência, ele deriva, passivamente, entre as correntes astrais. Pode ser mesmo então galvanizado por alguns momentos, num tipo horrível de arremedo de vida, se lhe acontecer chegar ao alcance da aura de um médium. Sob tais circunstancias, ele ainda se parecerá exatamente com a personalidade que dele se separou, e pode até reproduzir, em certa extensão, suas expressões familiares ou sua caligrafia.

Tem, também, a qualidade de ser ainda cegamente responsivo a vibrações, geralmente de ordem inferior, tais como as que foram instaladas nela durante o último estagio de sua existência como sombra.

4. O Cascão vitalizado – Essa entidade, estritamente falando, não é humana: não obstante, é classificada aqui por causa de seu aspecto externo, o cascão passivo, destituído de sentidos, que foi, um dia, apanágio da humanidade. Vida, inteligência, desejo e vontade, tais como ele pode possuir, são os do elemental artificial que o anima, sendo esse elemental artificial, por sua vez, criação do mau pensamento do homem.

Um cascão vitalizado é sempre malevolente, um verdadeiro demônio tentador, cuja má influência fica limitada apenas pela extensão de seu poder. Como a sombra, é frequentemente usado nas formas Obia e Vedu de magia. Há escritores que se referem a ele como um “elemental”.

5. O Suicida e a vítima de morte súbita. – Estes já foram descritos no capítulo XV, A Vida Depois da Morte. Pode-se notar que essa classe, bem como a das Sombras e dos Cascões Vitalizados, são o que se pode chamar vampiros menores, porque, ao terem oportunidade, prolongam sua existência sugando a vitalidade de seres humanos aos quais consigam influenciar.

6. O vampiro e o lobisomem. – Estas duas classes são hoje extremamente raras, e exemplos deles são encontrados ocasionalmente.

É, de fato, possível que um homem viva uma existência de tal forma degradada, egoísta e brutal, que o todo da mente inferior se torne emaranhado em seus desejos e acabe por se separar do ego superior. Isso é possível apenas quando o menor raio de altruísmo e espiritualidade foi abafado, e quando não há qualquer aspecto que leve à redenção.

Tal entidade perdida encontra-se bem depressa, após a morte, incapaz de conservar-se no plano astral e é irresistivelmente atraída, em plena consciência, para “seu próprio lugar”, a misteriosa oitava esfera, para ali desintegrar-se lentamente, após experiências que é melhor não descrever. Se, contudo, morreu pelo suicídio ou pela morte súbita, pode sob certas circunstancias, especialmente se sabe algo de magia negra, evitar esse destino passando à horrenda existência de vampiro.

Já que a oitava esfera não pode reclamá-lo enquanto não chega à morte do corpo, ele o preserva numa espécie de transe cataléptico, transferindo para ele o sangue que suga de outros seres humanos através de seu corpo astral semimaterializado, adiando assim seu destino final e cometendo, para tanto, mortes por atacado. O remédio mais eficaz, num caso assim, tal como a “superstição” popular corretamente supõe, é cremar o corpo, privando assim aquela entidade do seu ponto de apoio.

Quando a sepultura é aberta, o corpo aparece habitualmente bastante viçoso e sadio, e em geral o ataúde não se mostra cheio de sangue. A cremação, como é obvio, torna impossível essa espécie de vampirismo.

O Lobisomem pode manifestar-se, de inicio, somente durante a vida física de um homem, e isso implica invariavelmente em algum conhecimento das artes mágicas – suficiente pelo menos para que ele consiga projetar seu corpo astral.

Quando um homem inteiramente brutal e cruel faz tal coisa, sob certas circunstâncias o corpo astral pode ser apanhado por outras entidades astrais e ser materializado, não sob forma humana, mas sob a forma de algum animal selvagem, quase sempre um lobo. Nesta condição ele perambulará pela região que o rodeia, matando outros animais e mesmo seres humanos, satisfazendo assim não só sua própria sede de sangue como também a dos demônios que o excitam.

Nesse caso, como com freqüência acontece com as materializações comuns, uma ferida feita à forma astral será reproduzida no corpo físico humano, por um curioso fenômeno de repercussão, como explicamos mais adiante. Depois da morte do corpo físico, entretanto, o corpo astral, que provavelmente continuará a aparecer da mesma forma, é menos vulnerável.

Será, entretanto, menos perigoso, e, a não ser que encontre um médio apropriado, não poderá manifestar-se integralmente. Em tais manifestações há, provavelmente, uma grande quantidade de matéria do duplo etérico, e talvez até mesmo algum do líquido dos constituintes gasosos do corpo físico, como no caso de algumas materializações. Em ambos os casos, esse corpo fluídico parece capaz de ir a distancias maiores do corpo físico do que de outra maneira seria possível, tanto quanto se sabe, a um veiculo contendo matéria etérica.

As manifestações, tanto de vampiros como de lobisomens, restringem-se quase sempre à vizinhança imediata de seus corpos físicos.

7. O mago negro e seus discípulos. – Esta classe corresponde, mutatis mutandis, à do discípulo à espera da reencarnação, mas, nesse caso, o homem está desafiando o processo natural de evolução, mantendo-se na vida astral através de artes mágicas – muitas vezes da mais horrível natureza.

Considera-se indesejável a enumeração ou descrição das varias subespécies, já que o estudante de ocultismo deseja apenas evita-las. Todas essas entidades, que assim prolongam sua vida no plano astral para além do natural limite, fazem isso a expensas de outros e pela absorção de suas vidas, de uma ou de outra forma.

8. O Discípulo à espera da reencarnação – Esta também é, presentemente, uma classe rara. Um discípulo que resolveu não “ entrar em seu Devachan”, isto é, não passar para o mundo celestial, mas continuar a trabalhar no plano físico, tem, às vezes, com a permissão apenas de uma autoridade muito alta, possibilidade de fazê-lo, sendo arranjada por seu Mestre uma reencarnação adequada para ele. Mesmo quando tal permissão é recebida, diz-se que o discípulo deve manter-se estritamente no plano astral enquanto a matéria está sendo arranjada, porque, se tocar no plano mental, mesmo por um momento que seja, pode ser arrastado por uma corrente irresistível, novamente, para a linha da evolução normal, e passar assim para o mundo celestial.

Ocasionalmente, embora raramente, o discípulo pode ser colocado diretamente num corpo adulto, cujo ocupante anterior não mais o usa. Mas só raramente há a disponibilidade de um corpo adequado.

Entretanto, o discípulo fica, naturalmente, com a consciência integral do plano astral e preparado para seguir adiante com o trabalho que lhe deu seu Mestre, ainda com maior eficácia do que quando embaraçado pelo corpo físico.

9. Os Nirmanakayas. – É realmente muito raro isto de um ser tão elevado como um Nirmanakaya manifestar-se no plano astral. Um Nirmanakaya é aquele que, tendo conquistado o direito de repouso, durante infinitas eras, em indescritível beatitude, ainda assim escolheu permanecer em contato com a terra, suspenso, por assim dizer, entre este mundo e o Nirvana, a fim de gerar correntes de força espiritual que possam ser empregadas no auxílio à evolução. Se Ele desejar aparecer no plano astral, criará sem dúvida, para seu uso, um corpo astral temporário, usando a matéria atômica do plano. Isto é possível porque o Nirmanakaya retém Seu corpo causal, e também os átomos permanentes que trouxe consigo durante a Sua evolução, de forma que a qualquer momento Ele pode materializar em derredor de si os corpos mental, astral ou físico, se assim o desejar

 

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