O Ectoplasma

Submitted by Estante Virtual on Mon, 12/12/2011 - 18:41

Ectoplasma (do grego ektos, exterior, e plasma, molde; isto é, "modelado fora do corpo") é o nome dado à matéria quase toda etérica, senão inteiramente, que se desprende ou exsuda do médium e se emprega na manifestação de fenômenos espiritistas.

O falecido doutor em Ciências naturais, W. J. Crawford, descreve em seus livros — The Reality of Psychic Prenomena (1916), Experiments in Psychical Science (1918), e Psychic Structures (1921) — as minuciosas e magistrais pesquisas por ele empreendidas sobre fenômenos de levitação e pancadas de mesa. Os desejosos de maiores detalhes poderão encontrá-los nesses livros; aqui podemos dar apenas um breve resumo de tais estudos, no que se relacionam com o nosso tema.

Durante todas as experiências, a médium esteve plenamente consciente.

O Dr. Crawford encarou os problemas de levitação de mesa, etc., como simples problemas de mecânica, e valendo-se de dispositivos registradores de energia, tanto mecânicos como elétricos, conseguiu descobrir, por dedução de suas observações, o modus operandi das "estruturas psíquicas" empregadas. Numa etapa bem posterior, ele pôde comprovar suas deduções por visão direta e fotografias, como se exporá a seu devido tempo.

Em suma, verificou-se que o ectoplasma exsuda-do da médium era preparado e modelado em "hastes" (como ele as denomina) pelos "operadores" que controlam a produção dos fenômenos.

Estas hastes ou barras ficam ligadas numa extremidade à médium, e na outra, por sucção, às pernas da mesa ou a outros objetos. Ao aplicar-se a energia psíquica através das hastes, as mesas ou outros objetos se moviam em vários sentidos, sem que tivessem nenhum contato puramente físico com qualquer das pessoas presentes. Se as hastes batiam no soalho, mesa, campainhas, etc., produziam pancadas ou muitos outros ruídos.

A maior parte do ectoplasma se obtém comumente da médium, embora seja suplementado por uma pequena porção extraída de todos ou da maioria dos presentes à sessão.

Conquanto completamente invisível à vista comum, o ectoplasma pode, às vezes, ser perceptível ao tato. É descrito como viscoso, réptílico, frio, quase oleoso, como se a atmosfera estivesse impregnada de partículas de matéria morta e desagradável.

O diâmetro das extremidades das hastes psíquicas projetadas da médium pode variar entre 12 milímetros e 22 centímetros. A sua extremidade livre parece capaz de assumir várias formas e graus de rijeza: planas ou convexas, circulares ou convexas; e macias como carne tenra ou rijas como ferro. O tronco da haste é tangível à beira de algumas polegadas da extremidade livre, mas daí para a outra extremidade se torna intangível, embora resista, puxe, empurre, tosquie e vergue.

No entanto, na parte intangível se sente um fluxo de partículas frias, semelhantes a esporões, emanadas da médium. Parece haver razão para crer que, em alguns casos, embora não em levitações, há uma completa circulação de matéria etérica saindo da médium e retornando a ela por outra parte do seu corpo. A pedido, pode-se variar a condição da extremidade da haste quanto ao seu tamanho e rijeza. As hastes compridas são geralmente macias na extremidade, e as curtas, mais densas e duras.

Crawford acha provável que as hastes consistam de feixes de fios delicados, intimamente unidos e aderidos entre si. A energia psíquica segue os fios e dá ao conjunto a rigidez de uma viga, que pode então ser deslocada à vontade pelas energias postas em ação no corpo da médium.

Certas experiências fazem pensar que a extremidade de uma haste consiste numa película espessa, ou mais ou menos elástica, esticada sobre uma armação delgada, um pouco denteada e elástica.

A elasticidade desta película é limitada; submetida a um esforço excessivo, ela pode romper-se; a moldura denteada fica então exposta.

O fato de um electroscópio poder ser descarregado se for tocado por uma haste, prova que esta desempenha o papel de condutor de corrente elétrica de alta tensão, que se descarrega no solo pelo corpo do médium ao qual se encontre ligada.

Por outro lado, uma haste colocada através das terminais de um circuito de campainhas, não as faz soar, mostrando assim que ela opõe grande resistência a uma corrente de baixa tensão.

A luz branca destroi comumente as formações de hastes: mesmo os raios luminosos refletidos de uma superfície onde se aplique força psíquica, interferem nos fenômenos. A luz vermelha, no entanto, se não for demasiado forte, parece não prejudicar a estrutura psíquica; nem tampouco a danifica a luz emanada de pintura luminosa que se haja exposto ao sol durante algumas horas.

As estruturas são, em geral, inteiramente invisíveis, embora às vezes seja possível entrevê-las.

Já se tem conseguido fotografá-las à luz de magnésio, mas é preciso tomar precauções com a médium, a fim de poupá-la. A luz de magnésio, ao atingir o ectoplasma, provoca na médium um choque muito mais violento quando a estrutura está em ação, do que no caso oposto.

As numerosas fotografias obtidas confirmam, em todos os detalhes, as conclusões tiradas dos próprios fenômenos.

A rigidez de uma haste varia conforme a iluminação. A extremidade dura funde-se parcialmente, por assim dizer, quando a haste é exposta à luz.

O deslocamento de objetos pela força psíquica, obtém-se de duas maneiras principais. Na primeira, uma ou diversas hastes saem do médium, o mais das vezes pelos pés ou pelos tornozelos, e outras, pela região inferior do tronco, e são aplicadas diretamente ao objeto que deve ser deslocado, formando modilhões. Se as mesas se deslocam horizontalmente, as hastes em geral se fixam aos seus pés; se são levantadas, a haste ou hastes se alargam em suas extremidades, como cogumelos, e fixam-se à superfície inferior da mesa.

No segundo método, a haste ou hastes projetadas do médium aderem ao solo, e do ponto da aderência continuam até o objeto a ser movido. Não formavam mais um modilhão, mas algo semelhante a uma alavanca de primeira categoria", cujo Fulcro está entre a Resistência e a Potência.

As hastes podem ser retas ou curvas; podem ainda ficar suspensas no ar, rígidas, mostrando assim que para conservar a rigidez elas não têm necessidade de se apoiar sobre corpos materiais.

No caso em que é posto em ação o método do modilhão (1.° método), todo esforço mecânico é transferido ao médium, ou mais exatamente, a maior parte deste esforço; parte bem menor cabe aos assistentes.

É possível verificar-se isto por aparelhos mecânicos ordinários, tais como as balanças de molas e outras. Se u'a mesa, por exemplo, for levantada inteiramente por meio do modilhão, produzirá aumento do peso do médium de cerca de 95 por cento do peso da mesma e o dos assistentes aumentará proporcionalmente.

Se, por outro lado, as hastes são aderidas ao solo, o peso da mesa levantada se transmite diretamente ao solo, e o peso do médium, em lugar de aumentar, diminui. Esta diminuição é devida ao peso do ectoplasma formador da hastes, uma de cujas extremidades se apoia no solo.

Quando a força transmitida por uma haste é para manter um objeto, como u'a mesa, solidamente fixo ao solo, a diminuição do peso do médium, após as observações, tem atingido até 18 quilos.

Noutra ocasião, em que a estrutura ectoplástica não foi utilizada, o peso do médium diminui de 27 quilos, ou seja, quase a metade de seu peso normal.

Os modilhões são geralmente empregados para mover ou levantar objetos leves, porém, quando estes são pesados, ou quando se trata de transmitir uma força considerável, as hastes são fixadas ao solo, produzindo o dispositivo em alavanca. A força empregada atinge muitas vezes a 50 quilos.

Durante a levitação de objetos, a tensão suportada pelo médium manifesta-se frequentemente pela rigidez, até à rigidez férrea, dos músculos, principalmente dos braços ou mesmo de todo o sistema muscular. Estudos ulteriores revelaram a Crawford que a rigidez muscular havia desaparecido inteiramente.

A produção desses fenômenos parece dar como consequência perda permanente de peso, tanto do médium como dos espectadores, porém que não ultrapassa algumas onças (onça = 28, 35 grs. ) Os assistentes podem perder mais peso do que o médium.

Em geral, quando se coloca um objeto material qualquer dentro do espaço ocupado pela haste, a comunicação entre esta e o médium é imediatamente interrompida e a haste se desintegra.

Entretanto, um objeto delgado como um lápis pode passar impunemente através da parte vertical da haste, porém não através da parte que se encontra entre o médium e a mesa. A interferência nesta última parte pode lesar fisicamente o médium.

Para que uma haste possa tocar ou aderir ao solo ou a uma mesa, sua extremidade deve ser preparada de modo particular para que fique mais densa do que o resto da haste. Isto parece difícil, ou pelo menos exige tempo e força; por conseguinte, os pontos a agarrar devem ser sempre reduzidos ao mínimo.

O sistema de agarrar é por sucção, como se pode facilmente demonstrar pela argila mole, de que falaremos adiante. As vezes, escutam-se "aspiradores" escorregando pela superfície da madeira ou agarrando novos pontos.

Crawford apresenta numerosos exemplos (e também fotografias) de impressões produzidas pelo contato das hastes sobre massa e argila mole. Estas impressões, muitas vezes, assinalam marcas parecidas com o tecido das meias do médium. No entanto, a semelhança é superficial, pois não se pode produzir tais impressões apoiando sobre a argila um pé revestido de meia.

A impressão feita pela haste é muito mais nítida do que a que se poderia conseguir pelos meios ordinários; parece-se com a que se obteria, se uma matéria fina e viscosa, estendida sobre o tecido da meia e depois de seca, tivesse sido em seguida comprimida contra a argila.

Ademais, pode-se modificar muito a marca de fabricação da meia, e o delicado modelo e o traçado dos fios podem ser deformados, engrossados, parcialmente recobertos ou rompidos, conquanto permaneçam ainda reconhecíveis como os mesmos da marca do tecido.

Pode-se deduzir que o ectoplasma primeiramente apresenta-se em estado semilíquido, que passa através e ao redor dos intervalos do tecido e coagula-se na parte externa da meia. É de natureza glutinosa e fibrosa, e a forma que toma é quase exatamente a do tecido. Depois se estira da meia e se envolve na extremidade da haste. Para produzir uma impressão extensa, a película é engrossada e reforçada por nova adição de substância materializante. Assim a impressão original pode ser torcida, deformada ou apagada parcialmente.

A haste pode também reproduzir a impressão dos dedos, embora seu tamanho possa não corresponder à dos dedos normais, e seus contornos podem ser muito mais nítidos ou mais regulares do que os obtidos pelas impressões digitais ordinárias.

Golpes, indo dos mais leves até os executados com a força de um martelo, outros ruídos ainda, podem ser produzidos por hastes semi-flexíveis, com extremidades adequadamente preparadas, com as quais se batem nos objetos materiais.

A produção dos golpes é acompanhada de diminuição de peso do médium; esta diminuição, que pode ser de dez ou mais quilos, parece ser diretamente proporcional à intensidade do golpe.

A razão é evidente; as hastes são formadas da matéria tirada do corpo do médium, o choque desta matéria contra o solo, etc., transfere necessariamente a este, através da haste, uma parte do peso total do médium. A perda de peso é temporária, mas restabelece-se quando a matéria das hastes volta ao médium.

A produção de golpes determina no médium uma reação mecânica, como se ele fosse empurrado para trás ou golpeado. A reação pode-se traduzir por movimentos involuntários dos pés. Entretanto, o efeito sentido pelo médium não se parece em nada com o que lhe é causado pela levitação de objetos.

Os golpes violentos produzidos por uma haste de grande tamanho não são, em geral, dados rapidamente. Ao contrário, os golpes leves, produzidos em geral por uma ou várias hastes finas, podem ser produzidos com incrível rapidez; os "operadores" parecem perfeitamente senhores das hastes.

Em geral a produção destes fenômenos impõe certa tensão a todos os assistentes, como o demonstram as sacudidas espasmódicas, algumas vezes muito fortes, que todas as pessoas do círculo fazem sucessivamente, antes da levitação.

A separação e a retirada de matéria etérica dos corpos dos assistentes parecem operar-se por sacudidas, e até certo ponto todos são afetados.

Segundo W. J. Crawford, uma entidade que disse ter sido médico quando em vida, falando pelo médium (em estado de transe para este efeito), declarou que na produção dos fenômenos, eram0 empregadas duas espécies de substâncias: uma era tirada em quantidade bastante grande, do médium e dos assistentes, e era-lhes restituida, quase integralmente, no fim da sessão. A outra só podia ser tirada do médium e, como se compõe da substância mais vital das células nervosas, não podia ser extraída senão em quantidade mínima, sem o que o médium teria que sofrer más consequências; sua estrutura é destruída no fenômeno; ela não pode, pois, ser restituida ao médium. Esta afirmação não foi nem verificada nem confirmada, de maneira alguma; damo-la pelo que vale.

W. J. Crawford imaginou e empregou com grande sucesso o "método dos corantes" para traçar os movimentos do ectoplasma. Possuindo este a faculdade de aderir fortemente à uma substância como o carmim pulverizado, põe-se este corante em seu caminho, o que dá em resultado uma pista corada.

Descobriu-se, assim, que o ectoplasma saía da parte inferior do tronco do médium e tornava a entrar pela mesma região. Sua consistência era bastante grande, pois tem força para rasgar meias e outras roupas; algumas vezes, ele arranca fios inteiros da meia, de várias polegadas de comprimento (polegada = 25, 30 mm), leva-os e deposita-os num recipiente de argila colocado a00 certa distância dos pés do médium.

O ectoplasma desce ao longo das pernas e penetra nos sapatos; passa entre a meia e a sola, onde houver espaço suficiente. Se, pelo caminho, apoderou-se do pó corado, ele o deposita em todos os pontos em que o pé, a meia e o calçado estão em estreito contato, isto é, onde não encontra lugar para passar.

A solidificação e a desmaterialização da extremidade resistente de uma haste, efetuam-se logo que a haste sai do corpo do médium. É este o motivo por que a extremidade livre da haste, a não ser que seja muito fina, não pode atravessar um tecido serrado e até uma grade metálica de malha de uma polegada, se esta está colocada a mais de uma ou duas polegadas adiante do médium. Entretanto, se esses anteparos se encontrarem muito perto do corpo, pode-se dar uma materialização imperfeita da extremidade da haste, e produzir fenômenos psíquicos limitados.

A saída do ectoplasma é acompanhada de fortes movimentos musculares em todo o corpo. As partes carnudas do corpo, sobretudo as que estão situadas abaixo da cintura, diminuem de volume, como se a carne se encolhesse.

W. J. Crawford está convencido de que na produção dos fenômenos espíritas, duas substâncias, pelo menos, são empregadas:

1. ° — um elemento que forma a base da estrutura psíquica; é invisível, impalpável, e, falando de modo geral, ultrapassa a ordem física;

2. ° — uma substância brancacenta, translúcida e nebulosa, misturada à primeira, a fim de que esta possa agir sobre a matéria física.

A segunda, pensa Crawford, é muito provavelmente idêntica à substância empregada nos fenômenos de materialização.

Numerosos fenômenos de materialização encontram-se descritos com extrema e escrupulosa minúcia, característica das pesquisas germânicas, na importante obra intitulada: fenômenos de Materialização do barão von Schrenck Notzing (1913), e traduzida para o inglês por E. E.

Fournier d'Albe D. Sc. (1920).

Além das descrições detalhadas de sessões e de numerosos fenômenos, encontram-se aqui cerca de du-zentas fotografias de formas materializadas ou de aparições as mais diversas, desde fios ou massas de ectoplasma, até rostos inteiramente formados. Vamos resumir as principais conclusões. Para facilitar nossa tarefa, tomamos longos trechos de uma conferência sobre a fisiologia supranormal e os fenômenos ideoplásticos, pelo Dr. Gustavo Geley, psicólogo e médico francês, reproduzida no fim da obra do barão Notzing.

Do corpo do médium emana uma substância, a princípio amorfa ou polimorfa. Ela pode apresentar o aspecto de uma pasta dúctil, de verdadeira massa protoplásmica, espécie de geleia tremulante, de simples blocos, de fios delgados, de cordas, de raios estreitos e rígidos, de faixa larga, de membrana, de tecido, de rede dobrada e franjada.

A natureza filamentosa ou fibrosa dessa substância foi muitas vezes observada. Apresenta-se branca, negra, ou cinzenta; às vezes aparecem as três cores juntas: a branca é a talvez mais frequente. Parece luminosa. Em geral parece ser inodora; no entanto desprende, às vezes, odor particular e impossível de ser descrito.

Parece não haver dúvida de que ela está sujeita à gravidade.

Ao tacto, ela pode mostrar-se úmida ou fria, viscosa ou glutinosa, mais raramente seca e dura. 

Quando se dilata, é suave e um pouco elástica; quando forma cordas, é dura, nodosa e fibrosa.

Pode-se senti-la passar sobre a mão corno uma teia de aranha; os fios são ao mesmo tempo rígidos e elásticos. É móvel, com um movimento rastejan-te como o de réptil, embora se mova às vezes brusca e rapidamente. Uma corrente de ar pode pô-la em movimento. Se for tocada, produz reação dolorosa no médium. É de sensibilidade extrema; aparece e desaparece com a rapidez do relâmpago. É particularmente sensível à luz, embora, no entanto, às vezes os fenômenos resistam à luz do dia. Pode-se fotografá-la à luz do magnésio, embora o súbito clarão produza um choque repentino no médium.

Durante a produção do fenômeno, a cabina em que se encontra o médium fica geralmente na obscuridade, porém as cortinas são muitas vezes abertas.

Fora da cabina, emprega-se a luz vermelha, e algumas vezes mesmo a luz branca, até a intensidade de cem velas.

A substância tem irresistível tendência à reorganização. Assume numerosas formas, às vezes mal definidas e não organizadas, porém o mais das vezes organizadas, formando dedos, inclusive as unhas, perfeitamente modelados; mãos, rostos e outras formas, todas completas.

A substância emana de todo o corpo do médium, mas especialmente dos orifícios naturais e das extremidades, do alto da cabeça, dos seios, da ponta dos dedos. O ponto de partida mais habitual e mais fácil de se verificar é a boca, a superfície interna das bochechas, as gengivas e o céu da boca.

As formas materializadas têm certa independência; a mão, por exemplo, é capaz de mover os dedos e de segurar a mão do observador, embora a pele humana pareça às vezes repelir os fantasmas. Às estruturas são, às vezes, menores do que as naturais, isto é, verdadeiras miniaturas. Observou-se que a traseira das materializações carecia de forma orgânica, não passando de uma massa de substância amorfa. As formas não contêm mais que o mínimo de substância suficiente para fazê-las aparecer como reais, e podem desaparecer tanto instantaneamente como aos poucos, por um desvanecimento gradativo. Vê-se claramente que durante todo o tempo as formas estão fisiológica e psiquicamente ligadas ao médium; a sensação 'reflexa das estruturas se confunde com a do médium. Assim, um alfinete cravado na substância causaria dor no médium.

A substância parece influenciável tanto pela di-reção geral da sessão como pelo tema dominante nos pensamentos dos assistentes. Além disso, o médium, geralmente em estado hipnótico, é extraordinariamente sensível à influência da sugestão.

Fragmentos de formas materializadas foram recolhidos num prato de porcelana, e guardados.

Em certos casos descobriram-se fragmentos de pele, cuja origem humana foi reconhecida ao exame microscópico.

Noutra ocasião, encontraram-se três ou quatro centímetros cúbicos de um líquido transparente, que não continha bolha alguma. A análise revelou um líquido incolor, ligeiramente turvo, não viscoso, inodoro, levemente alcalino, deixando um precipitado brancacento. O microscópio demonstrou a existência de detritos celulares e saliva; a substância provinha evidentemente da boca.

Em outra ocasião, encontrou-se uma madeixa de cabelos louros, não se parecendo em nada com os cabelos negros do médium; a mão do observador estava coberta de muco e de humidade.

Além disto, encontram-se, algumas vezes, outras substâncias, tais como pós consméticos, ou fragmentos provenientes das roupas do médium.

 

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