Conchas e Escudos Protetores

Submitted by Estante Virtual on Mon, 12/12/2011 - 18:00

Em determinadas circunstâncias, é legítimo e desejável formar uma concha ou escudo de matéria etérica, a fim de proteger-nos, ou a outrem, contra influências desagradáveis de várias espécies.

As aglomerações, por exemplo, desprendem, quase sempre, magnetismo físico repugnante, senão prejudicial, ao estudante de ocultismo.

Além disto, certas pessoas, que sofrem de falta de vitalidade, possuem a faculdade, que em geral elas próprias não percebem, de subtrair a seus vizinhos suas reservas de prâna. Se tais pessoas, semelhantes a vampiros, apenas se apoderassem de partículas etéricas inutilizadas e normalmente eliminadas pelo corpo, não haveria nisso inconveniente algum. Mas a sucção é muitas vezes tão intensa, que toda a circulação prânica da vítima é acelerada e partículas róseas são retiradas antes que seu conteúdo prânico tenha sido assimilado. Um vampiro ávido pode, assim, em poucos minutos, deixar a vítima completamente exausta.

Quase nada aproveita da vitalidade que furta aos outros, porque o seu próprio sistema tende a dissipá-la antes de a ter convenientemente assimilado.

Uma pessoa nestas condições necessita de tratamento mesmérico. É preciso proporcionar-lhe quantidades estritamente limitadas de prâna, até que seu duplo etérico tenha readquirido a primitiva elasticidade, e assim a sucção e as perdas sejam detidas. O escapamento de vitalidade se dá, mais amiúde, pelos poros e por todo o corpo, e não por uma só região.

Há casos anormais em que uma entidade estranha procura apossar-se e obsedar o corpo físico de uma pessoa. Pode-se dar o caso também de haver necessidade de dormir num carro de estrada de ferro, por exemplo, onde estejam pessoas do tipo vampiro ou cujas emanações sejam grosseiras ou indesejáveis. Finalmente, o estudante pode ser obrigado e frequentar lugares onde haja doenças.

Certas pessoas são a tal ponto sensitivas, que chegam a reproduzir em seu próprio corpo os sintomas apresentados por outras, que se acham enfraquecidas ou doentes. Há ainda outras que sofrem muito com as múltiplas vibrações emitidas nas grandes cidades.

Em todos os casos acima, uma concha etérica pode ser utilizada com grande proveito, para autoproteção. É preciso, entretanto, não esquecer que a concha etérica, tolhendo a entrada da matéria etérica, impede também a sua saída e, por conseguinte, as nossas próprias emanações etéricas, muitas das quais são tóxicas, ficarão encerradas nessa concha.

Esta é criada por um esforço de vontade e de imaginação. Consegue-se isto de duas maneiras: ou densificando a periferia da aura etérica que reproduz, em ponto maior, a forma do corpo; ou então, constituindo, com materiais tomados ao ambiente, um ovóide de matéria etérica.

É preferível o segundo processo, embora exija esforço muito mais intenso e conhecimento mais completo da maneira como a matéria física é modelada pela vontade.

Os estudantes que desejem proteger seus corpos físicos durante o sono, por meio de uma concha etérica, devem tomar o cuidado de formá-la com matéria etérica e não matéria astral.

Conta-se o caso de um estudante que cometeu este erro; em consequência, o corpo físico ficou sem nenhuma proteção, enquanto o seu possuidor saía em corpo astral dentro de uma concha impenetrável, que impedia totalmente sua consciência cativa de receber e transmitir algo do exterior.

A formação da concha etérica, antes de ir dormir, pode facilitar a transmissão das experiências do Ego à consciência de vigília, impedindo os pensamentos que, flutuando no mundo etérico, incessantemente assaltam nossos veículos, penetrando no cérebro etérico adormecido e misturando-se aos pensamentos deste mesmo cérebro.

A parte etérica do cérebro, onde funciona a imaginação criadora, desempenha papel ativo nos sonhos, sobretudo nos que são provocados por impressões externas ou por qualquer pressão interna nos vasos cerebrais. Estes sonhos têm em geral caráter dramático, pois tudo o que está acumulado no cérebro físico entra em ação pelo cérebro etérico, que arranja, dissocia e recompõe esses elementos a seu bel-prazer, e forma assim o mundo inferior dos sonhos.

A melhor maneira de, durante a vigília, permanecer ao abrigo do choque de pensamentos exteriores, consiste em manter o cérebro constantemente ocupado, em lugar de deixá-lo ocioso, o que abre de par em par as portas às ondas de pensamentos caóticos.

Durante o sono, a parte etérica do cérebro está ainda mais à mercê das correntes de pensamentos exteriores. Os meios indicados acima permitirão ao estudante evitar estes inconvenientes.

Em certos casos, não será necessário envolver todo o corpo; bastará constituir uma pequena armadura local, para se preservar de um determinado contato.

Há pessoas sensitivas que não podem dar apertos de mão sem sentir vivo sofrimento. Neste caso, pode-se formar um escudo temporário de matéria etérica, por um esforço de vontade e de imaginação, o qual protegerá completamente a mão e o braço contra a entrada de toda partícula carregada de magnetismo indesejável.

Escudos deste gênero podem proteger contra o fogo; mas, para isto, é preciso ter conhecimento muito mais completo de magia prática.

Estes escudos de matéria etérica (cuja camada mais fina se presta de tal modo à manipulação que se torna absolutamente impenetrável ao calor) podem ser assim estendidos sobre as mãos, os pés, ou ainda sobre as pedras ardentes ou outras substâncias empregadas em recimônias de andar sobre o fogo, ainda em uso em certas partes do mundo.

Assiste-se às vezes a fenômenos destes em sessões de espiritismo, em que os participantes podem então pegar em brasas impunemente.

Não é preciso acrescentar que as conchas e escudos de que tratamos, sendo puramente etéricos, não oferecem proteção alguma contra as influências astrais ou mentais. Contra estas, seria necessário formar conchas da matéria própria ao plano astral ou mental; mas este assunto escapa aos propósitos deste livro.

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