O Atharva-Veda e sua antiguidade

Enviado por Estante Virtual em sex, 23/11/2012 - 18:47

Por muito que se exagere ou não a antigüidade do Atharva-Veda e dos outros livros, permanece o fato de que essas profecias e a sua realização antecedem ao Cristianismo, e que Krishna precede a Cristo. Isso é tudo que precisamos investigar.

Fica-se muito surpreendido ao se ler a obra Monumental Crhistianity. Seria difícil dizer se é mais forte a admiração pela erudição do autor, ou se o espanto em face de sua argumentação serena e inigualável. Ele reuniu um mundo de fatos que provam que as religiões, muito mais antigas do que o Cristianismo, de Krishna, Buddha e Osíris anteciparam até mesmo os símbolos mais insignificantes daqueles. Seus materiais provêm não de papiros forjados, nem de Evangelhos, interpolados, mas de esculturas nas paredes dos templos antigos, de monumentos, inscrições e outras relíquias arcaicas, apenas mutiladas pelos martelos dos iconoclatas, o cânone dos fanáticos, e os efeitos do tempo. Ele nos mostra Krishna e Apolo como bons pastores; Krishna segurando o ânkh cruciforme e o chakra, e Krishna "crucificado no espaço", segundo suas expressão. Sobre essa figura - emprestada pelo Sr. Lundy de Hindoo Pantheon, de Moor -, pode-se dizer que ela é capaz de petrificar uma cristão de espanto, pois que se trata do Cristo crucificado da arte romana no mais alto grau de semelhança. Não falta uma única característica; e afirma o autor: [essa] imagem, eu a creio anterior ao Cristianismo (...) Ela se assemelha a um crucifixo cristão em muitos respeitos (...) O desenho, a atitude, e as marcas dos cravos nas mãos e nos pés indicam uma origem cristã, ao passo que a coroa parta de sete pontas, a ausência do bastão e da inscrição usual, e os raios de glória acima, parecem indicar uma origem diferente da cristã. Seria talvez o Homem-Vítima, ou o Sacerdote e a Vítima reunidos numa única pessoa, na mitologia hindu, que se ofereceu a si mesmo como sacrifício antes da criação dos mundos? Seria talvez o segundo Deus de Platão que se imprimiu no universo na forma da cruz? Ou seria esse homem divino que foi açoitado, torturado, agrilhoado, que teve os olhos arrancados, e que por fim (...) foi crucificado?" É tudo isso e muito mais. A Filosofia Religiosa Arcaica era universal.

Seja como for, o Dr. Lundy contradiz a Moor, e afirma que essa figura é a de Vithobâ, um dos avatâras de Vishnu, portanto de Krishna, e anterior ao Cristianismo, o que não é um fato fácil de refutar. E embora acredite que tal imagem antecipe o Cristianismo, ele pensa que ela não tem qualquer relação com Cristo! Sua única razão é que "num crucifixo cristão a glória sempre vêm da cabeça sagrada; aqui ela vem de cima, e detrás (...) O Vithobâ dos pânditas, dado a Moor, parece ser o Krishna crucificado, o deus pastor de Mathurâ (...) um Salvador - o Senhor da aliança, assim como Senhor do céu e da Terra - puro e impuro, luz e

treva, bom e mau, pacífico e belicoso, amistoso e colérico, manso e turbulento, misericordioso e vingativo, Deus e uma estranha mistura de homem, mas não o Cristo dos Evangelhos".

Ora, todas essas qualidades pertencem tanto a Jesus como a Krishna. O próprio fato de que Jesus foi um homem pelo lado da mãe - embora fosse um Deus - é igualmente corroborativo. Sua atitude para com a figueira e as suas contradições, em Mateus, onde por um lado promete paz na Terra e por outro a espada, etc., são provas a esse respeito. Sem dúvida alguma, essa imagem jamais pretendeu representar Jesus de Nazaré. Ela era a de Vithobâ, como informaram a Moor, e como, além disso, afirmam as Escrituras Sagradas hindus, Brahmâ, o sacrificador que é "ao mesmo tempo sacrificador e vítima"; ele é Brahmâ, vítima em Seu Filho Krishna, que veio para morrer na terra por nossa salvação, que realiza Ele mesmo o sacrifício solene [do Sarvamedha]." No entanto, é tanto o homem Jesus como o homem Krishna, pois ambos estavam unidos aos seus Cristos.

Temos assim que, o admitir as "encarnações" periódicas, ou deixar passar o Cristianismo como a maior impostura e o maior plágio de todos os séculos!

Quanto às Escrituras judaicas, apenas homens como o jesuíta de Carrière, um conveniente representante da maioria do clero católico, pode ainda ordenar a seus seguidores que aceitam apenas a cronologia estabelecida pelo Espírito Santo. É com base na autoridade deste último que ficamos sabendo que Jacó foi, com uma família de setenta pessoas, no total, fixar-se no Egito no ano de 2.298, e que em 2.513 - apenas 215 anos depois - essas setenta pessoas haviam aumentado tanto, que deixaram o Egito 600.000 fortes homens, aptos à guerra, "sem contar as mulheres e as crianças", o que, de acordo com a ciência da estatística, representa uma população total de dois a três milhões!! A história natural não registra nenhum paralelo de tal fecundidade, exceto nos arenques vermelhos. Depois disso, que riam os missionários cristãos, se puderem, da cronologia e dos cálculos hindus.

"Felizes são as pessoas, embora não as invejamos", exclama Busen, "que não se vexam de fazer Moisés marchar com mais de dois milhões de pessoas ao término de uma conspiração popular, nos alegres dias da 18° Dinastia; que fazem os israelitas conquistar Canaã sob Josué, durante, ou antes, das mais formidáveis campanhas dos faraós conquistadores nesse mesmo país. Os anais egípcios e assírios, combinados com a crítica histórica da Bíblia, provam que o êxodo só poderia ter ocorrido sob o reinado de Menephthah, de modo que Josué não poderia ter cruzado o Jordão antes da Páscoa de 1.280, tendo ocorrido a última campanha de Ramsés III, na Palestina, em 1.281."

 

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