Entidades Astrais: Artificiais

Enviado por Estante Virtual em qua, 14/12/2011 - 16:22

 

As entidades artificiais formam a maior classe e são também de certa foram as mais importantes para o homem. Consistem em massa enorme, caótica, de entidades semi-inteligentes, diferindo entre elas como os pensamentos humanos diferem, e praticamente incapazes de classificação e posicionamento detalhado. Sendo inteiramente uma criação do homem, estão a ele relacionados por estreitos laços Kármicos e sua ação sobre o ser humano é direta e incessante.

1. Elementais formados inconscientemente. – A maneira como são criadas as formas de desejo e de pensamento já foi descrita no capítulo VII. O desejo e o pensamento de um homem atiram-se sobre a essência plástica elemental e modelam instantaneamente um ser vivo de forma condizente. A forma de maneira alguma fica sob controle de seu criador, mas vive uma existência própria cuja extensão é proporcional à intensidade do pensamento que a criou, e tanto pode ser de alguns minutos como de muitos dias. Para pormenores adicionais o estudante deve voltar ao capítulo VII.

2. Elementais formados conscientemente. – Está claro que os elementais formados conscientemente por aqueles que estão agindo deliberadamente e sabem com precisão o que estão fazendo, podem ser enormemente mais poderosos do que os que são formados inconscientemente. Ocultistas tanto da escola branca como da negra usam frequentemente elementais artificiais em seu trabalho, e poucas tarefas estão fora do poder de tais criaturas, quando cientificamente preparadas e dirigidas com conhecimento e habilidade. Quem sabe como fazer isso mantém conexão com seu elemental e guia-o de forma que ele agirá praticamente como se possuísse a inteligência de seu senhor.

É desnecessário repetir aqui descrições dessa classe de elementais que já foram dadas no capítulo VII.

3. Artificiais humanos. – Esta é uma classe muito peculiar, compreendendo poucos indivíduos, mas possuindo uma importância inteiramente fora de proporção com seu número, devido à sua conexão íntima com o movimento espírita.

A fim de explicar sua gênese é necessário voltar à antiga Atlântida. Entre as lojas para o estudo oculto, anteriores à Iniciação e formadas pelos Adeptos da Boa Lei, há uma que ainda observa o mesmo ritual daquele antigo mundo e ensina as mesmas línguas atlantes como línguas tão sagradas e ocultas como nos dias da Atlântida.

Os mestres dessa loja não estão no nível dos Adeptos e a loja não faz parte diretamente da Irmandade dos Himalaias, embora haja alguns Adeptos himalaicos que estiverem relacionados com ela em encarnações anteriores.

Pelos meados do século dezenove, os dirigentes daquela loja, desesperados com o materialismo crescente da Europa e da América, determinaram combatê-lo através de métodos novos e oferecer oportunidades a qualquer homem sensato para que pudesse ter provas de uma existência separada do corpo físico.

O movimento assim instalado se desenvolveu na vasta rede do espiritismo moderno, cujos aderentes se contam aos milhões. Sejam quais forem os resultados que se possam ter seguido, é indiscutível que por meio do espiritismo uma grande quantidade de pessoas adquiriram crença em, pelo menos, alguma espécie de vida futura. E essa é uma conquista magnífica, embora alguns pensem que foi conseguida a um custo demasiado alto.

O método adotado foi tomar alguma pessoa comum, depois da morte, despertá-la completamente no plano astral, instruí-la até certo ponto quanto aos poderes e possibilidades que lhe pertenciam, e então colocar a seu cargo um círculo espírita. Ela, por sua vez, “desenvolveu” dentro das mesmas linhas outras personalidades falecidas, e todas agiram sobre os que freqüentavam suas sessões, “desenvolvendo-os” como médiuns. Os lideres do movimento, sem duvida alguma manifestavam-se ocasionamente sob forma astral, naqueles círculos, mas na maioria dos casos apenas dirigiam e guiavam conforme consideravam necessário. Pouco se duvida de que o movimento cresceu tanto que depressa foi além de seu controle. Por muitos dos desenvolvimentos posteriores, portanto, só podem ser tomados como indiretamente responsáveis.

A intensificação da vida astral dos “controles” que tomaram os círculos a seu cargo retardou claramente seu progresso natural e, embora aquilo fosse tomado como integral compensação para tal perda através do resultado do bom Karma trazido pelo fato de conduzir outros à verdade, depressa se soube que era impossível fazer uso do “espírito-guia”por qualquer espaço de tempo sem lhe causar sério e permanente dano.

Em alguns casos, tais “guias” foram retirados e substituídos por outros. Em outros casos, contudo, foi considerado indesejável fazer tal mudança e então um notável expediente foi adotado, dando inicio a uma curiosa classe de criaturas chamadas “artificiais humanos”.

Deixou-se que os princípios superiores continuassem sua lenta evolução ao mundo celestial, mas a Sombra ( a que nos referimos antes ) que havia ficado atrás; foi tomada, sustentada e manipulada de forma a continuar a aparecer no círculo, tal como antes.

De inicio, isso parece ter sido feito por membros da loja, mas finalmente se decidiu que a pessoa falecida que tinha sido apontada para suceder ao antigo “espírito-guia” ainda o fosse, mas tomasse posse da Sombra deste último, sombra ou cascão, e simplesmente usasse sua aparência. É a isso que se chama uma entidade “humana artificial”.

Em alguns casos, mais do que uma modificação parece ter sido feita sem levantar suspeitas, mas por outro lado algumas investigações do espiritismo observaram que depois de um tempo considerável as modificações apareceram subitamente nas maneiras e nas disposições do “espírito”.

Nenhum dos membros da Irmandade do Himalaia jamais empreendeu a formação de uma entidade artificial desse tipo, embora não pudessem interferir com ninguém que se julgasse no direito de tomar tal resolução.

Além da decepção envolvida, um ponto fraco no arranjo é que outras lojas, que não a original, podem adotar o plano, e nada poderá impedir que magos negros se supram de espíritos comunicantes, como aliás, sabe-se, têm efeito.

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