O Centro Esplênico

Submitted by Estante Virtual on Mon, 12/12/2011 - 16:59

(Ver diagramas X, XI, XII, XIII)

O centro esplénico tem seis raios, e por conseguinte outras tantas pétalas ou ondulações. Tem aspecto particularmente brilhante e fulgura como um Sol.

Ele é único no sentido de ter a importante função de absorver todos os glóbulos de vitalidade da atmosfera, desintegrá-las em seus átomos componentes, e distribui-los, carregados do Prana transmutado e especializado, pelas diferentes partes do corpo físico.

Os diagramas XI e XIII farão compreender facilmente este processo.

Os glóbulos de vitalidade penetram primeiramente no chakra esplênico onde são fraccionados nos 7 átomos componentes, e cada átomo está carregado de uma das sete variedades de Prana; estes átomos são então captados pelas forças secundárias em rotação e fiados ao redor do chakra.

As sete diferentes espécies de Prana têm as seguintes cores: violeta, azul, verde, amarela, alaranjada, vermelha carregada e rósea.

O Centro Esplênico

Assinale-se que as cores não correspondem exatamente às do espectro solar; fazem lembrar, antes, as combinações de cores que vemos em níveis mais elevados, nos corpos causal, mental e astral.

O índigo do espectro solar está repartido entre os raios violeta e azul do prana, enquanto que o vermelho do espectro se acha separado em dois: o prana róseo e o vermelho carregado.

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Cada um dos seis raios se apodera então de uma variedade de átomos e envia-a ao chakra ou parte do corpo que tem necessidade dela.

Isto se dá com apenas seis espécies de átomos; quanto à sétima, ou átomo vermelho carregado, engolfa-se no centro ou vórtice do próprio chakra esplênico, donde é distribuído para todo o sistema nervoso.

Os átomos de coloração rósea são os átomos originais que primeiramente atraíram os seis outros para formar o glóbulo.

Os átomos carregados de Prana róseo são, certamente, a vida do sistema nervoso; é esta variedade de plana que um homem pode lançar num outro (ver Capítulo XII).

Se os nervos não recebem em abundância este Prana róseo, tornam-se sensitivos e extremamente irritáveis; o paciente fica presa de grande agitação e o menor ruído, o menor contato são para ele um suplício.

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O prana especializado de uma pessoa sadia, produz alívio imediato ao inundar os nervos do doente.

Embora existam sete diferentes variedades de prana, há, todavia, apenas cinco principais correntes, tais como são descritas em alguns livros hindus, pois, após a saída do chakra esplênico, o azul e o violeta unem-se numa corrente única, e o alaranjado e o vermelho carregado, se fundem em uma outra corrente.

As correntes abandonam o baço horizontalmente.

As cores das correntes e seus destinos são assim descritos:

A medida que as diversas espécies de átomos carregados de prana são distribuídos nos pontos onde são necessários, descarrega-se o seu prana de maneira semelhante à da descarga da eletricidade.

O prana vitaliza o duplo etérico e, por meio dele, o corpo físico denso; a saúde das diversas regiões do corpo depende, em grande parte, da quantidade de prana distribuído. O papel desempenhado por este fato é considerável na conservação do vigor físico e, nas curas, ele é de importância capital. Estudaremos isto na seção consagrada às curas e ao mesmerismo.

 

CorrenteDestino
1Violeta-azulCentro da garganta
2VerdeCentro do umbigo e abdome emgeral
3AmarelaCentro cardíaco
4Vermelha carregado-alaranjada (com violeta)Centro da base da espinha dorsal
5RóseaSistema nervoso

 

 

Os átomos carregados de prana róseo vão se empalidecendo à medida que percorrem os mesmos e deixam seu conteúdo prânico. Finalmente deixam o corpo através dos poros e de outras maneiras, constituindo assim a chamada aura da saúde, emanação branca-azulada, representada no livro O Homem Visível e Invisível.

No homem de saúde vigorosa, o centro esplénico funciona tão vigorosamente, que o número de partículas carregadas de prana é muito superior às suas necessidades. As partículas não empregadas são expulsas do corpo em todas as direções, pela aura da saúde, juntamente com as esvaziadas do prana.

Tal homem é, para os que o cercam, uma fonte de força e saúde; constantemente e sem o saber, ele derrama sua vitalidade em toda pessoa que dele se aproxime.

Este processo pode ser intensificado pelas pessoas que se aplicam metodicamente à cura de outros, seja por passes mesméricos, seja por outros métodos, que serão expostos em detalhes em outro capítulo.

Sabe-se igualmente que, além das partículas mencionadas acima, pequenas parcelas de matéria física densa são continuamente expulsas do corpo humano, pela transpiração inconsciente e por outras maneiras. O clarividente percebeas sob a aparência de ténue névoa acinzentada. Muitas partículas são cristalinas e por conseguinte apresentam formas geométricas; uma das mais comuns é a do cloreto de sódio, ou sal comum, que toma a fornia de cubos.

Pelo contrário, a pessoa incapaz, por uma razão qualquer, de por si mesma especializar a quantidade suficiente de prana, age, frequente e inconscientemente, como uma esponja. Seu elemental físico subtrai a vitalidade de toda pessoa sensitiva que se encontre em sua proximidade; a vítima sofre as consequências Este fenômeno explica em grande parte as sensações de cansaço e abatimento que se sente na vizinhança de pessoas de temperamento fraco, que possuem a perniciosa e vampírica faculdade de drenar a vitalidade de outros. Isto mesmo pode acontecer, e muitas vezes de maneira mais grave, em sessões espíritas.

O Centro Esplênico

O reino vegetal também absorve a vitalidade, mas geralmente parece utilizar-se de uma fração mínima.

Muitas árvores, sobretudo o pinheiro e o eucalipto, tomam desses glóbulos quase os mesmos princípios que a parte superior do corpo etérico humano, rejeitando todos os átomos supérfluos, carregados de prana róseo, dos quais elas não têm necessidade. É por isto que a vizinhança dessas árvores é extremamente salutar às pessoas que sofrem esgotamento nervoso.

A aura da saúde, constituída pelas partículas expulsas do corpo, desempenha papel útil, qual o de proteger o homem contra a invasão dos germes mórbidos.

Em estado de saúde, estas partículas são projetadas em linha reta, através dos poros, e dão assim, à aura da saúde, o aspecto estriado, pois a sua direção é perpendicular à superfície do corpo.

Enquanto as linhas permanecem firmes e retas, o corpo parece estar quase completamente ao abrigo das más influências físicas, tais como os germes causadores de doenças; estes são literalmente repelidos e arrastados pela corrente centrífuga da força prânica.

Mas, se a fraqueza, grandes fadigas, ferimentos, desânimos ou excessos de uma vida desregrada, tornam necessário que um volume considerável de prana venha reparar a delapidação ou as lesões físicas, e se, por conseguinte, a quantidade emitida sofre séria diminuição, os raios da aura da saúde decaem e os germes perniciosos podem abrir uma passagem com relativa facilidade (1)

Em The Science of Breath (Ciência da Respiração), traduzida por Rama Prasad, diz-se que a distância natural da superfície do corpo à periferia do "halo" de Prana é de dez "dedos" durante a inspiração, e de doze durante a expiração.

Em outras ocasiões, as distâncias são dadas assim: ao comer e falar, 18; ao andar, 24; ao correr, 42; na coabitação, 65; ao dormir, 100. Diz-se que a distância diminui quando o homem domina o desejo, obtém os oito Siddhis, etc. Embora não haja certeza alguma, parece provável que o "halo" mencionado seja a aura da saúde.

Entretanto, como as distâncias parecem exageradas, a medida em dedos deve se referir à espessura e não ao comprimento do dedo. Isto permitirá conciliar as medidas acima e as observações dos investigadores modernos.

A matéria etérica e o prana são muito sensíveis à vontade humano. É, pois, muito possível a gente proteger-se contra as influências nocivas mencionadas, parando, por um esforço de vontade, a irradiação de vitalidade no limite exterior da aura da saúde, e transformando esta aura num muro ou casca impenetrável aos germes mórbidos, e impedindo, ao mesmo tempo, um pequeno esforço adicional será suficiente para constituir um envoltório impenetrável às influências astrais ou mentais.

A questão das cascas etéricas é tão importante, que será necessário voltarmos logo ao assunto, para nos ocuparmos dele com mais vagar; no momento, estamos nos limitando a estudar a aura da saúde.

O desenvolvimento do centro esplénico permitirá ao homem lembrar-se dos deslocamentos astrais, é verdade que muito incompletamente; a faculdade associada ao centro astral corresponde à de viajar conscientemente em corpo astral.

As vagas recordações, que muitos referem, de ter deliciosamente atravessado o espaço voando, têm frequentemente por causa um leve ou acidental estímulo do chakra esplénico.

Mencionemos de passagem que o centro astral correspondente ao baço tem, também, por função, vitalizar todo o corpo astral.

 


Notas do capítulo:

  1. Ver o Homem Visível e Invisível, Lâmina XXV, de C. W. Leadbeater. que a vitalidade seja subtraída por algum vizinho inclinado ao vampirismo.

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